O principal objetivo do trabalho mandálico é de que seus praticantes entrem em sintonia com as energias de paz interior e o sucesso desta prática em muito dependerá do ambiente externo e interno de cada um, criado pela própria pessoa, em interação com o todo. Tanto na Didática como na Terapia Transpessoal, construímos as mandalas de diversas maneiras e com diferentes objetivos, como expressão espiritual, como fonte de cura, e também para o autoconhecimento.
A Mandala, como expressão espiritual, é, por um lado, uma imagem do homem em sua limitação dentro do tempo e espaço, e, por outro, mais além do âmbito humano, faz a vinculação desse plano, com o plano cósmico e espiritual. É pois, ao mesmo tempo, pessoal e transpessoal. Interpenetram-se, assim, espírito e matéria, finito e infinito.
“Deus é um círculo cujo centro se acha em todas as partes e sua circunferência em nenhum lugar”.
Como fonte de cura, cada ser humano é uma mandala em si mesmo. Cada homem deve concentrar-se e alcançar o seu centro para conhecer e trabalhar as energias nele contidas. É uma técnica de autoterapia que ajuda na organização e no fortalecimento da psique, conduzindo as pessoas a uma maior consciência de si mesmas e do mundo que as cerca, e conseqüentemente, a atingir a plenitude e a paz interior.
E, ao mesmo tempo, o processo é autoterapêutico, ajudando quem o utiliza a resolver uma série de situações psicológicas que o perturbam. É a autoterapia conseguida independentemente de interpretações ou “leituras” das mandalas. Isso porque a própria pessoa que as faz, sabe no seu interior o que elas significam, mesmo que não passem a informação para o seu “consciente”. O efeito terapêutico se processa independente dessa interpretação.
As cores na mandala expressam os nossos mais íntimos pensamentos, sentimentos, intuições e sensações físicas. Analisar o significado das cores ajuda a entendermos as mensagens que são enviadas pelo inconsciente. As cores podem apresentar vários significados; cada um deles aponta algo diferente. Podem também mudar de significado cada vez que são usadas. Para cada emoção existe um tom, um matiz, expressando os diversos estados emocionais existentes. A escolha das cores é em grande parte guiada pelo inconsciente e representam uma expressão direta de estados interiores que estão além da percepção consciente.
Não há mandalas boas ou ruins. Numa série de mandalas, deve-se buscar o fluxo natural das cores e formas que refletem o seu processo vital único. Praticar os exercícios com mandalas é estimular os hemisférios cerebrais; colorir mandalas é estimular energias adormecidas do inconsciente. A mandala é um dos Caminhos de Sabedoria da nossa vida presente.
Em breve, estarei fazendo um curso ensinando como fazer nossa própria Mandala. É um exercício muito importante e de grande valor, para que possamos conseguir tudo aquilo que propomos para nós mesmos este novo ano. Aguardem!