Portal da Maturidade

Tudo sobre Maturidade, por Mariúza Pelloso Lima


Deixe um comentário

2 anos do Portal da Maturidade!

2_anos_maturidade          E o caminho continua… sempre com um passo a mais….

          Estamos muito felizes e comemorando o segundo ano do Portal da Maturidade com o CURSO DE TÉCNICAS DE TREINAMENTO DO RACIOCÍNIO. Palavras-chave desse curso são: inovar e explorar!!! Essas também são as premissas do Portal da Maturidade.

          Hoje, falaremos um pouco sobre a Felicidade.

A criança que fui chora na estrada.

Deixei-a ali quando vim a ser quem sou.

Mas hoje, vendo que sou é nada,

Quero ir buscar quem fui onde ficou.”

Fernando Pessoa

 

          Onde encontrar a felicidade?

          Ela não está fora de você, não é uma casa, nem um carro, tampouco um bom emprego, ou uma pessoa que tanto queremos que fique conosco.

          A felicidade é o produto de um estado de consciência que brota da satisfação de nos sentirmos realizados perante a vida.

          Nos realizamos quando empregamos com sabedoria todos os potenciais de nossa alma, fazendo aquilo que está de acordo com sua natureza.

          O ser humano é feliz quando coloca alegria em tudo que faz. E essa alegria é um dos melhores aditivos para a saúde também.

          Muitos escolheram seus caminhos profissionais apenas visando o enriquecimento a qualquer custo. Trocaram seus sonhos à custa de obterem status e segurança financeira.

          Na maturidade, quando nos preparamos para nos aposentar ou para usufruir desse benefício, o tédio e o vazio existencial são os agentes daninhos mais perigosos para nossa felicidade e saúde.

          Quando não realizamos nosso propósito de vida, quando não vibramos com alegria, geralmente nossa alma se entristece em forma de doenças das mais variadas espécies.

          A maturidade é um momento especial de constatar se nossa alma está satisfeita ou não com a vida que estamos levando.

          Nessa hora, uma boa ajuda é recordarmos dos nossos sonhos de criança que não vivemos, buscarmos nossa criança interior, que é cheia de imaginação e criatividade!!

          Largamos nossa criança interior em algum trecho do caminho. Vamos conectar com ela para que nos aponte o que está faltando para sermos felizes? Para desfrutarmos da sua alegria de viver?

          Vamos buscar cada vez mais o que gostamos e se não pudermos fazer tudo o que gostamos, vamos aprender a gostar de tudo que fazemos. Aí está o segredo da felicidade.

          Não vamos permitir que uma pessoa idosa habite nosso corpo.

          Despertemos a criança que ainda vive em nós, deixemos ela nos traga mais alegria, espontaneidade, curiosidade, espírito de a ventura, contentamento, criatividade, divertimentos e pureza.

          É hora de ser feliz!

Publicidade


Deixe um comentário

O Pássaro Dourado – Homenagem ao Dia das Mães

Gaivota_Sol_Maturidade          Havia um pássaro que tinha um belo sonho: chegar pertinho do Grande Sol!

          Iniciou sua jornada, unindo sempre muitas forças para alcançar sua meta, procurando parceiros pelo caminho, trocando experiências, e aprendeu a compreender as pessoas, a conhecer também seus sonhos.

          Voou muito, quando cansava , caminhava pela terra, dormiu nas árvores que bondosamente lhe abrigaram e alimentaram; descobriu as variedades de outros animais, de grandes e pequenos portes, mansos e ferozes, chegando até a sentir medo e insegurança algumas vezes. Aos poucos, aprendeu a respeitá-los e foi constatando que tudo era um enorme desafio e que dependia dele, vencê-lo.

          Seus companheiros pássaros ensinaram-no a voar em grupo, para economizar energia e a receber apoio, quando necessitasse de ajuda, como também, aprender a doar-se aos amigos.

          Nessa jornada, nem notou que o tempo fora passando, e num belo dia, percebeu que estava mais leve, plainava facilmente no céu, e se sentia muito feliz! Quando viu, o Grande Sol já estava banhando-o com seus raios luminosos, tornando-o um Pássaro Dourado. Chegara ao seu destino!

          Essa pequena história é um Caminho longo, de 97 anos, que minha mãe-pássaro percorreu em busca de seus sonhos, partilhados com a família, com muitos amigos, sempre entusiasmada!

          Desejo a todas as MÃES uma jornada cheia de Paz, Amor, Alegria, Entusiasmo!!  


2 Comentários

Vovó moderna: independente, conectada e ativa no mercado!

“Eu tenho tanto

 para lhe falar,

 mas com palavras não sei dizer,

como é grande o meu amor por voce, Maia…”    

Maia_Maturidade          Do início do século XX para cá, a expectativa de vida quase dobrou. As pessoas envelhecem mais tarde, o que aproxima as gerações. Os mais novos têm mais contato com os mais velhos.

          A revolução feminina, que inseriu a mulher no mercado de trabalho, entre outras coisas, também é responsável pela transformação do modelo de avó.

          Hoje a vovó além de trabalhar, estuda, tem vida ativa, é vaidosa, se cuida mais.

          Está mais sintonizada com os acontecimentos da vida dos netos, inclusive, está inserida no mesmo universo deles. Isso tráz uma intimidade maior entre eles.

          A avó de ontem tinha como atividades principais cozinhar para a família, ver tv por longos períodos, tricotar e mimar os netos. Atualmente, as avós têm como atividades principais trabalhar, passear com as amigas, praticar exercícios físicos, experimentar coisas novas e mimar os netos.

          Antes, faziam as coisas pelos netos. Hoje, fazem coisas com os netos.

          Anteriormente, mesmo bonita, já não cultivava mais a vaidade, prezando pelo conforto e praticidade. Agora é vaidosa, cuida do corpo e está sempre arrumada, dificilmente deixa os cabelos brancos.

          Não tinha tanto interesse pelas novidades e modernidades; o convívio com os netos era ao vivo, geralmente.     Atualmente é conectada, adora a internet e a usa a seu favor para ficar mais próxima de quem ama, trocando e-mails e mensagens com os netos, e vendo-os no skype.

          As avós de antigamente eram caseiras, dependentes. Aos 60 anos já estavam aposentadas. Atualmente são bem mais independentes, trabalhadoras, estudam.

          E, mais do que nunca, as avós atuais são inovadoras, porque estão recriando seu papel junto aos netos e à família.

          Não é tão fácil assim sair de um paradigma de avó para outro. Mudar as crenças e sair da comodidade exige esforço, novas aprendizagens. Mas, tratando-se de melhorar nosso relacionamento e diálogo com os netos, tudo passa a ser um desafio desejável.

          Minha primeira netinha nasceu dia 4 de junho, à noite, em Barcelona. É uma espanholinha e seu nome é Maia Pelloso Alvarez.

          Adoraria estar pertinho dela e dos seus pais no momento do nascimento. Não foi possível, mas estamos participamos ativamente de tudo até então, através das tecnologias da informática: WhatsApp e Skype. Com fotos, conversas e vídeos, estamos curtindo cada momento da vinda da Maia.

          É como se estivéssemos lá, rindo, chorando juntos de alegria e felicidades. Só não podemos ainda abraçar a todos.

          Incrível como a internet nos dá essa possibilidade de união, onde quer que se esteja, dividindo tanta felicidade.

          Os avós de hoje têm que compreender toda a complexidade da vida dos filhos, da realização dos sonhos e metas deles, e apoiá-los incondicionalmente. E aprender a ser uma avó amiga, dar amor de vó com muito açúcar mesmo longe ou pertinho dos netos.

          Minha bênção de avó para você Maia. Te amo.

Vovó Uza


1 comentário

Dia da conscientização da violência contra os idosos – 15/06

Violencia_idoso_Maturidade          Viver muito e com dignidade é um direito de todo ser humano.

          É da competência do Estado desenvolver e disponibilizar às pessoas envelhecidas uma rede de serviços que lhes assegurem os seus direitos básicos de saúde, transporte, lazer e ausência de violência, tanto no espaço familiar como no espaço  público. Mas isso está muito longe de acontecer.

          A família assume o papel de cuidador, e, na grande maioria, com dificuldades. A negligência, violência, discriminação, crueldade ou opressão e falta de cuidados intrafamiliares  e sociais são visíveis ou camuflados na velhice.

          Os níveis de violência vão desde atitudes abusivas no contexto social, como pensões e aposentadorias inadequadas, dificultando para o idoso o acesso a serviços sociais e de saúde, criando situações de marginalização e discriminação, como também, conflitos no âmbito doméstico quando seus vitimizadores, geralmente filhos, dependem do idoso economicamente.

          Segundo a Organização Mundial de Saúde (2011), os maus tratos e negligência constituem “uma ação única ou repetida, ou a ausência de uma ação devida, que causa sofrimento ou angústia, e que ocorre em uma relação  que haja expectativa de confiança”.

          Podemos classificar a violência contra idosos em maus tratos físicos: uso de força física que pode produzir lesão, ferida, dor ou incapacidade; maus tratos psicológicos: ação de infligir pena, dor ou angústia por meio de expressões verbais e não -verbais; abuso financeiro ou material: exploração imprópria e ilegal e/ou uso não consentido de recursos de um idoso; abuso sexual: contato sexual não consentido; negligência: recusa ou falha em exercer responsabilidades no ato de cuidar do idoso.

          Os idosos mais vulneráveis à violência são os dependentes física ou mentalmente, sobretudo quando apresentam problemas de esquecimento, confusão mental, alterações no sono, incontinência e dificuldades de locomoção, necessitando de cuidados intensivos em atividades da vida diária. Como conseqüência, muitos idosos passam a sentir depressão, alienação, desordem pós-traumática, sentimentos de culpa e negação das ocorrências e situações que os vitimizam. Passam a viver em desesperança.

          O Brasil passa por uma transição demográfica que provoca um aumento na incidência de doenças crônico-degenerativas, que, conseqüentemente, faz aumentar a incapacidade funcional dos idosos.

          Associando-se a este fator, a falta de recursos econômicos para cuidar do idoso, tudo isso propicia o aumento da violência contra ele, como também, a negligência diante da impossibilidade de prover uma alimentação adequada, medicamentos e fraldas.

          A negligência, vista como a recusa, omissão ou fracasso por parte do responsável pelo idoso em garantir-lhe os cuidados de que necessita, é uma das formas mais presentes atualmente, tanto em nível doméstico quanto institucional em nosso país.

          É fundamental procurar ajuda para melhor atender ao idoso, seja nas instituições públicas municipais, verificar o que têm para oferecer; procurar informações para conhecer mais de perto as necessidades dos idosos; dividir os atendimentos ao idoso, na medida do possível, com todos os familiares, para não sobrecarregar somente alguns.

          Há uma história que elucida bem esta violência ao idoso e nos mostra que o exemplo diz muito mais do que palavras:

          Um trabalhador, perdeu muito cedo sua esposa e precisou cuidar do filho sozinho. Levantava antes do sol nascer para preparar as refeições da criança, e depois o levava consigo para o trabalho, cuidando para que nunca lhe faltasse algo. Os anos foram passando, seu filho se tornou um grande economista e casou-se.

          Seu pai, ficando muito velhinho, já não tinha condições de se prover e se auto-cuidar. Foi morar com o casal, que nessa época tinha um filhinho de 5 anos.

          Um dia, o velhinho ouviu as brigas do filho com sua nora, onde ela se queixava do trabalho que o sogro lhe dava.

          O filho, então, pegou um cobertor, abriu a porta da casa, chamou  seu pai e lhe disse: – Toma esse cobertor e saia de casa!

          O velhinho, não querendo criar desavenças entre o casal, saiu.

          Seu neto, vendo a cena, saiu correndo atrás do avô, pediu: – Vovô, me dá metade desse cobertor?

          O velhinho, não entendo o motivo, mesmo assim, dividiu o cobertor e deu metade ao seu neto.

          O pai, observando a cena, perguntou ao filho: – O que você vai fazer com essa metade do cobertor?

          Eis que o filho pequenino responde: – Papai, um dia, você também ficará velhinho, e eu já terei o cobertor para lhe dar.


2 Comentários

1 ano de Portal da Maturidade!

Portal Maturidade          É com alegria que externo minha gratidão aos amigos que partilham comigo do Portal da Maturidade.

          Como Terapeuta e Gerontóloga, manifesto-me nesse Portal, como um Cuidador. O Cuidado é a verdadeira essência do ser humano. Se estamos juntos, por meio do Portal da Maturidade, é porque estamos sendo cuidados, de alguma forma.

          Um dos objetivos desse Portal é ser um local de acolhimento para cuidar e cuidar-se, respeitando todas as dimensões do ser humano: físico, psíquico, emocional e também considerar que somos seres espirituais.

           Vou expressar a fábula do Cuidado, por meio das palavras de Leonardo Boff, no seu livro Saber cuidar, que recontou de Julius Hyginus, acerca de dois milênios:

          Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco do barro e começou a dar-lhe forma.

          Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter.

          Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que  Júpiter fez de bom grado.

          Quando , porém, Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome.

          Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da Terra. Originou-se então uma discussão generalizada.

          De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Ele tomou a seguinte decisão que pareceu justa:

          “Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito, por ocasião da morte dessa criatura”.

          Você, Terra, deu-lhe o corpo; recebera, portanto, também de volta o seu corpo, quando essa criatura morrer.

          Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver.

          E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada HOMEM, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil”.

          Nessa comemoração, faço do Portal da Maturidade um Jardim acolhedor que nos reencanta para a Vida, principalmente na maturidade, e, para que todas as sementes jogadas de conhecimentos e amor em cada um de vocês possam germinar e florescer num novo olhar, numa nova escuta e em novas possibilidades de viver.