Julianne Moore, interpreta uma mulher de 50 anos, que se vê acometida pela doença de Alzheimer precocemente. Neurolinguista, com uma carreira brilhante, percebe que algo estranho está lhe acontecendo, pois começa a ter lapsos de memória nas aulas que ministra na universidade; e também, quando ela não consegue se lembrar aonde está correndo, se exercitando no campus da universidade. Procura um neurologista e após alguns exames recebe o diagnóstica de Alzheimer genético, muito raro.
Usa seu celular como uma ferramenta para estimular seu cérebro, para evitar o declínio cognitivo rápido e ao mesmo tempo para se observar, verificar o desenrolar de sua doença, até que se esquece onde o colocou.
Astutamente, planeja sua morte pelo notebook, dando a si mesma, orientações para serem executadas quando não mais tiver lucidez suficiente para compreendê-las.
O que faz uma pessoa tão inteligente, programar sua morte, como nesse caso?
Medo, pavor do que virá-a-ser? Receio de ficar totalmente dependente de outrem? Receio de atrapalhar a vida da família?
Na trama do filme, podemos ver a Alice como vítima e como espectadora de si mesma, ambas impotentes frente a doença. Aos poucos, vemos a dissolução de quem era Alice e seu desaparecimento como pessoa atuante. Resta sua história.
Muito merecido o Oscar pela interpretação de Julianne Moore.
Lindo filme, pois nos mostra que a Vida é para ser vivida plenamente, pois não temos como controlar algo que já foi determinado geneticamente. Ainda não!