É uma história comovente de um amor que resistiu às inúmeras intempéries da vida de Noah e Allie.
O filme nos mostra um vendedor aposentado (James Garner) que visita continuamente uma senhora (Gena Rowlands) em um asilo, pelo fato dela ter ficado sem memória. Nesses encontros, ele lê uma história que foi escrita em um caderno, e a senhora sempre se emociona muito.
Como Allie se sente, aprisionada em sua mente, quando Noah se adoenta?
É possível reviver o amor em alguns segundos, antes que a mente o apague novamente?
Como diz Allie para Noah: “Acha que nosso amor pode fazer milagres?”
Acha que nosso amor poderia nos levar embora juntos?
E Noah responde: “Eu acho que ele pode fazer o que quisermos. Amo você.”
O filme é uma comédia onde observamos uma mãe adolescente, praticamente sem noção alguma de sexo, se vê obrigada a parir em um convento e após uns dois anos, ver seu filho ser vendido pelas freiras para um casal estranho.
Após cinqüenta anos, sua recente família fica sabendo da existência desse irmão e ajudam sua mãe a encontrá-lo, contratando um jornalista famoso que pretende posteriormente escrever a história.
Cria-se um intenso laço de afetividade entre o jornalista pernóstico e Philomena, uma humilde e sábia mulher.
A busca pelo filho mostra a garra , a força, a coragem e o amor de uma mãe que não desiste até encontrá-lo. E principalmente, sua sabedoria, em compreendê-lo e resgatá-lo para a eternidade.
Para esse amor sufocado por tantos anos e pelos seu sofrimento, assim como acontece com muitas mães nesse mundo, que não puderam pegar seus filhos nos braços e niná-los, por inúmeras questões, há uma prece que exprime o que todas essas mães desejam no mais profundo do seu ser:
“A vida começa com uma chegada. Termina com uma despedida…
A chegada e a partida fazem parte da vida. Como o dia, que se inicia com a madrugada alegre, com luzes, e termina com o sol que se põe, triste, final de luzes e cores que se vão. Preparamos com carinho e alegria, a chegada de quem amamos. É preciso preparar também, com carinho e tristeza, a despedida de quem amamos”.
(Rubens Alves)
Mas, dificilmente nos preparamos para as partidas.
Vamos vivendo o dia-a-dia, com as pessoas ao nosso redor, acostumando-nos com a rotina, sem enxergar a beleza e a cumplicidade que se estabelece entre os seres queridos.
Na maioria das vezes, somente a separação ou a perda nos sinalizam o quanto essas pessoas nos eram importantes, o quanto elas nos inspiravam segurança, carinho, amor. Ou, pelo contrário, o quanto nos permitimos ser dependentes e submissos a elas, por comodidade, ou por outros motivos.
Essas perdas, principalmente na maturidade, podem nos trazer muitas desacomodações, depressão e mudanças no estilo de vida que não queremos para nós, como morar com algum parente, ficar sozinha, ou estabelecer uma transferência de dependência para com os filhos.
Tudo dependerá de como você costuma reagir frente às vicissitudes da vida: enfrenta-as ou se acovarda, deixando que os outros continuem a resolver por você?
Para viver sem sofrimento é preciso se preparar para as partidas: aprender a desapegar-se.
Acumulamos muitos apegos no percurso de nossas vidas, tanto material como emocionalmente, e na maneira de pensarmos e agirmos. Somos condicionados pela família, pela cultura em que estamos inseridos, pela religião que praticamos, pela educação que recebemos. Esses valores vão se enraizando em nós e nem temos consciência de muitos deles.
É nos observando que vamos tendo consciência de como somos realmente. E vamos aprendendo a soltar algumas amarras. Isso é um treino que nos trará grandes benefícios para enfrentarmos momentos dificílimos, tal como a perda de entes queridos.
Não há como segurar a vida. Ela flue, ela tem seu ritmo, hora devagar, hora acelerado, criando sempre inúmeras possibilidades para aprendermos nos desapegar, principalmente da forma em que fomos condicionados a pensar.
No luto, quando a dor se acalmar, essas perdas de entes queridos podem ser um grande impulso para nosso autoconhecimento e, inclusive, despertar a coragem de sermos nós mesmos, descobrirmos nossa capacidade de resiliência.
Tudo dependerá da nossa reação frente a isso e de nossos olhos.
Não bastará abrirmos as janelas para ver as ruas, as casas, as árvores, os jardins ….Não é bastante não sermos cegos para ver tudo isso.
Quando nossos olhos deixarem de se fixar somente no passado, no saudosismo, em uma visão que já passou e não existe mais, e conseguirmos olhar o minuto presente, único, efêmero, constataremos que as ruas, as casas, os jardins continuam os mesmos e nada foi acrescentado, e no entanto, tudo está diferente, pois mudou o nosso olhar. Chegaremos a sentir a brisa, ou o calor intenso do dia, ficaremos fascinados com o anoitecer, com as primeiras estrelas surgindo no céu. Portanto, tudo mudou.
“A saudade nos faz relembrar vivamente fatos marcantes, inesquecíveis, gratificantes e também as pessoas queridas que perdemos”. (A. Monteverde). Tudo isso é nossa vida, e faz parte da nossa existência. Mas o saudosismo é ficar presa somente ao passado, a uma única possibilidade que já foi, e nos aprisiona a velhos paradigmas.
Vamos aprender o desapego antes das perdas, para que compreendamos as partidas, como algo inerente à vida: nascer, crescer, desenvolver e morrer. E agradecermos por temos compartilhado uma existência.
Sempre teremos em nossos corações as pessoas queridas que já não convivem conosco. E vamos redirecionar o leme das nossas vida, pois viver feliz é a melhor opção.
“Vai, portanto, come a tua comida e alegra-te com ela,
bebe o teu vinho com um coração feliz.
Veste-te sempre de branco
e que não falte óleo perfumado nos teus cabelos.
Goza a vida com quem amas todos os dias da tua vida…
“Ahalya fixou o olhar em um ponto do assoalho, tremendo. Ela não conseguia olhar para o homem que a havia comprado. Ele se aproximou e ergueu seu queixo até que ela olhasse em seus olhos. _ Essa é sua noite de núpcias _ ele disse, jogando-a de costas sobre a cama.”
Ahalya despertou no dia de Ano-Novo como um pássaro de asa quebrada… A alegria havia desaparecido de sua voz… Somente Sita permanecia concentrada. Ahalya se surpreendeu com a estabilidade emocional de sua irmã. Era como ela houvesse amadurecido anos numa questão de dias…. Sita cantou canções e declamou versos das poesias favoritas de Ahalya:”
“Aqui, ó meu coração, queimaremos os sonhos que estão mortos, Aqui nesta floresta ergueremos uma pira funerária, De pétalas brancas e folhas caídas já maduras e vermelhas, Aqui os queimaremos com todas as tochas de fogo do sol do meio-dia.”
A história desse livro é sobre duas irmãs – Ahalya e Sita – adolescentes de classe média alta que viviam tranquilamente junto com seus familiares, na Índia, até que um tsunami destrói a costa leste de seu país, ceifando a vida de seus pais e avó.
Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida, mas são vítimas do tráfico internacional de jovens.
Mantidas em cativeiro pelo tráfico sexual, suas vidas se cruzam com o advogado Thomas Clark, do outro lado do mundo, em Washington, que está enfrentando uma crise em sua vida pessoal e profissional, e decide mudar radicalmente, indo para a Índia trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e para tentar reatar com sua esposa, que o abandonou.
Cruzando o Caminho do Sol denuncia o submundo da escravidão moderna, uma terrível rede internacional de criminosos. E nos reforça que é possível, com uma luta incansável e um trabalho heróico de homens e mulheres do mundo inteiro, salvar muitas pessoas desses cativeiros e destruí-los.
É uma literatura emocionante, onde os labirintos no submundo do tráfico humano se chocam com os laços de família e a persistência do amor.
“Nós ultrapassamos os limites mais longínquos da escuridão; A aurora espalha sua luz radiante como uma teia.” Rig Veda
Esse filme é uma comédia em que atores veteranos do palco britânico, maiores estrelas da música, vivem juntos, após a aposentadoria, em uma Instituição reservada para grandes artistas.
Nessa moradia, Cissy, Wilfred e Reggie, continuam explorando seus talentos musicais, e com muita harmonia. Todos os anos, os residentes fazem um concerto para angariar fundos para a Instituição.
Tudo começa a mudar quando Jean, uma artista, outrora muito aclamada, mas de um ego exacerbado, se muda para o local e reencontra seu ex-marido Reggie. Os quatro artistas formavam em tempos passados, um quarteto excepcional na música.
Jean se recusa a cantar novamente com os amigos no concerto, por insegurança, pelo receio de não conseguir alcançar os tons exigidos nas melodias.
No contato com os amigos, começa a repensar sua decisão e redescobre outro sentido para sua vida.
Reflexões: Na maturidade é o momento de viver o aqui e agora, sem grandes exigências, sem receio das críticas. Por que não aceitar o que somos e diminuir o ego inflado pelo orgulho?
Não há como retroceder no tempo. A velhice também faz parte da vida. Saber saboreá-la, com amor e alegria é uma bênção! E nunca é tarde para retomar o amor.