Quem diria que companheiros de 30, 40 anos de união, fariam terapia de casal?
Com tantos anos de convivência, supõe-se que já não há nada a mudar na
relação.
Pois é, mas não é bem assim. A rotina, a monotonia de cada dia, a falta de diálogos, e principalmente, diferentes desejos e expectativas nessa fase da vida, contribuem para que haja separação do casal, ou permaneçam juntos e infelizes.
É uma nova proposta para as pessoas na maturidade vivenciarem. Há possibilidade de autoconhecimento, de desenvolvimento da empatia (se colocar no lugar do outro e perceber o que o outro sente), com o objetivo de melhorar e dar novas cores para o relacionamento.
Muitos casais não buscam a terapia com receio de que ela provoque a separação. São muitas e intensas as mudanças na maturidade, inclusive no estilo de vida, e causam interferências nos relacionamentos.
O artigo abaixo, mostra a abordagem da terapia de casal. É muito sadio e desejável procurar ajuda, quando necessário.
“Terapia de Casal”
As estatísticas das pesquisas e a realidade a nossa volta comprovam o elevado grau de dificuldade da vida conjugal, tendo como consequência, um número crescente de divórcios e relações de curta duração.
Quando se decide pela “vida a dois” é pouco conhecida a complexidade de conviver com os diferentes valores, costumes e interesses dos parceiros.
Nos momentos de conflito existe uma tendência de que a comunicação vá perdendo a sua qualidade e o distanciamento vá aumentando entre o casal.
Muitas vezes o cenário se agrava com a presença dos filhos, novos elementos na dinâmica familiar, implicando numa revisão de papéis, tarefas e redimensionamento do tempo disponível para intimidade do casal.
Diante das situações conflitivas as trocas amorosas vão se perdendo, o romantismo e a sexualidade vão tomando formas diferentes das expectativas dos cônjuges.
Muitas vezes os papéis nas relações conjugais se cristalizam, levando a relações amorosas estáticas, deixando de lado os objetivos de dar e receber prazer e afeto.
Nesse sentido a Terapia de Casal promoverá um espaço de diálogo entre os parceiros, uma avaliação da história conjugal, a possibilidade de colocar-se no lugar do outro e explicitar os desejos de mudanças na relação.
Nessas sessões cada cônjuge poderá conscientizar-se do seu modo de funcionamento pessoal, das suas demandas individuais e das expectativas da relação com o outro.
Desse modo as decisões sobre o rumo da relação conjugal serão tomadas de modo mais consciente, após o aprofundamento em todos os aspectos envolvidos na convivência a dois.
Josilainy Toniolo é Psicoterapeuta de casais e famílias e autora do texto acima.